Segundo o Jornal Anhanguera TO, a polícia indiciou ex-prefeito, ex-secretário e empresários por supostos desvios em evento de 2017, incluindo sobrepreço e fraude em contratos.
Uma investigação policial, noticiada pelo Jornal Anhanguera TO, resultou no indiciamento do ex-prefeito de Alvorada, Paulo Antônio de Lima, e de mais quatro pessoas por irregularidades e desvio de recursos públicos em um evento realizado em 2017. Entre os investigados estão o ex-secretário municipal de Cultura, Daniel Miranda, e os empresários Luana Botelho e Raimundo Botelho, proprietários da empresa Play Produções, além de Marcos Miranda Campos, intermediário dos contratos.
Conforme apuração, o evento teve como principal atração a banda “Garota Bandida”, contratada pela Play Produções por R$ 50 mil, valor considerado acima da média cobrada pela banda em outros municípios. Segundo a polícia, o pagamento foi realizado pela Prefeitura de Alvorada, mas a banda alegou não ter recebido os valores acordados. Após o pagamento, Raimundo Botelho teria sacado mais de R$ 71 mil em espécie, repassando parte do montante a Marcos Miranda Campos. O uso de dinheiro vivo dificultou o rastreamento dos recursos e a identificação dos beneficiários.
O inquérito policial concluiu que houve desvio de verba pública, direcionamento de contratos e tentativa de ocultar o destino dos recursos, além de fraude no processo licitatório. A polícia ainda recomendou a continuidade das investigações para apurar possíveis crimes de lavagem de dinheiro.
As defesas dos indiciados negam as acusações. O ex-prefeito, representado por sua defesa, afirmou que não há provas de que tenha recebido qualquer valor e atribuiu as denúncias a disputas políticas locais. Marcos Miranda Campos defendeu a legalidade da contratação da banda, enquanto Raimundo e Luana Botelho alegaram desconhecimento das denúncias e declararam que o evento foi realizado dentro da legalidade. O ex-secretário Daniel Miranda Barbosa não foi localizado para comentar.
O caso, amplamente veiculado pelo Jornal Anhanguera TO, segue em análise pelas autoridades competentes, com novas apurações em andamento.
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