Professora da rede estadual, Flávia Lustosa conta como começou sua paixão pela Educação Especial

Professora da rede estadual, Flávia Lustosa conta como começou sua paixão pela Educação Especial

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Jornalista Kleber Costa
Jornalista Kleber Costa

“A presença da gente era algo grandioso para elas”, relembra a professora Flávia
Lustosa, no momento que descobriu sua vocação para contribuir com o
desenvolvimento de crianças e jovens com deficiência. Com objetivo de mergulhar
nas vivências dos professores estaduais que são agentes de transformação, a
história da educadora é a segunda da série de entrevistas Mestres que Ensinam e
Inspiram, realizadas pela Assessoria de Comunicação Social do deputado estadual
Marcus Marcelo (PL).

A educação é uma das principais bandeiras do parlamentar, que segue trabalhando pela revisão
do PCCR (Plano de Cargo, Carreira e Remuneração) e entre outras iniciativas com
intuito de melhorar as condições do ensino público no Tocantins.

A paixão pelo ensino

Natural do interior do Piauí, da cidade de Santa Filomena, Flávia tem 14 anos de dedicação
à rede estadual, e desde 2018, é professora da APAE (Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais) de Palmas. Ela conta que Pedagogia não era sua
primeira opção, mas o apoio da família e o convívio com os alunos ainda na
faculdade mudou tudo. “Me encantei, comecei a vivenciar algumas práticas que me
despertaram e me levaram para esse caminho que eu sou apaixonada”,
explicou Lustosa.

A professora concluiu a graduação de Pedagogia em 2007, na cidade de Teresina
(PI), no ano seguinte, mudou-se para Palmas incentivada pela irmã que já era uma
moradora e enxergava o cenário de oportunidades na jovem capital. “Quando eu
cheguei aqui fui trabalhar na área administrativa, eu não me identifiquei e
sai. Depois, fui lecionar em uma escola particular, em pouco tempo, passei no
concurso, e desde então, eu sou muito satisfeita aqui na APAE”, contou a
profissional.

Como é trabalhar na APAE?

Flávia atuava na sala de estimulação precoce para crianças de 0 a 3 anos. As
atividades contribuíam para a alfabetização e promoviam o desenvolvimento da
comunicação, concentração e estímulos visuais e táteis. Em 2024, a estimulação
foi extinta, e a professora passou a assumir uma turma de 2º ano. Nesse
primeiro semestre, por exemplo, ela trabalhou o livro sensorial, por meio dele
é possível contar história e testar diferentes texturas, pegar, puxar, o que
auxilia nas habilidades socioemocionais, fortalecimento dos vínculos e trabalho
em equipe entre os alunos.

Durante essa transição, Flávia reflete sobre a educação como uma via de mão dupla,
enfatizando a importância da interação entre educador e aluno no processo de
aprendizagem. “São crianças e alunos que têm limitações e muitas não têm
independência e você precisa ter uma sensibilidade para cuidar delas, mas é tão
gratificante! Eles me ensinam todo dia, porque parece que esse espaço é a vida
deles, estão sempre sorrindo e felizes, raramente, chegam agressivos, mais
zangados, aí a gente vai acolhendo, vai conversando e eles vão ficando
tranquilos”, relatou a professora.

Acreditar no valor da Educação

A educadora conta que toda profissão tem momentos difíceis, mas segundo
ela, os bons profissionais são aqueles que enxergam o potencial da educação para
transformar vidas. “Eu creio que a gente precisa estar entusiasmada, acreditar
e não desistir, porque os desafios são enormes, mas se deixarmos de acreditar,
a gente deixa de fazer e temos que fazer o melhor sempre. É gratificante ser
professor e eu acredito que nossa classe será reconhecida e valorizada como
merecemos”, finalizou Flávia Lustosa.

Fonte: al.to.leg.br