Município de Talismã, com cerca de 3 mil moradores, firma contrato de R$ 174 mil para serviços contábeis; em Alvorada, cidade com quase 9 mil habitantes, valor é de R$ 185 mil.
Talismã (TO) — A Prefeitura Municipal de Talismã assinou contrato no valor de R$ 174.605,76 para a prestação de serviços de assessoria e consultoria contábil em 2025. O contrato chama atenção quando comparado ao município vizinho, Alvorada, que mesmo com uma população quase três vezes maior — aproximadamente 9 mil habitantes — firmou contrato semelhante por R$ 185.579,52.


Pode ser acessado no Portal da Transparência clicando aqui: Acesso a informação – Contratos
Em Talismã, a contratação foi formalizada no dia 21 de janeiro e prevê apoio técnico para elaboração de peças contábeis e prestação de consultoria até o final do ano.

Já Alvorada assinou o contrato no dia 15 de janeiro de 2025, com vigência até 15 de janeiro de 2026, abrangendo, além da escrituração financeira e patrimonial, o fechamento de balanços mensais e relatórios bimestrais ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Os valores próximos, mesmo diante de uma diferença populacional e administrativa significativa, geraram questionamentos nos bastidores políticos e entre moradores.

Ambas as cidades justificam a contratação como necessária para garantir a regularidade contábil junto aos órgãos de controle, porém o custo proporcional por habitante em Talismã acaba sendo mais elevado, o que levanta dúvidas sobre critérios de definição dos valores e necessidade real diante da capacidade administrativa do pequeno município, sob a gestão do prefeito Flávio Cristo Rei. A contratação, conduzida pela atual administração, tem gerado questionamentos nos bastidores justamente pelo impacto financeiro diante da limitada estrutura e orçamento da cidade.

Além disso, ao consultar o Portal da Transparência de Talismã, verifica-se que o contrato nº 134 não está disponível para download, dificultando o acesso completo ao documento por parte da população. Apesar de constar como vigente e registrado no sistema, não há arquivos anexados que permitam a verificação detalhada dos termos e condições do contrato, o que pode comprometer a transparência e o controle social sobre o gasto público.

