No local os militares encontraram apenas um veículo com características diferentes. Foram feitas buscas pela região, mas o caminhão e a carga não foram vistos.
Um caminhão carregado com 500 cestas básicas desapareceu em Alvorada após a Justiça Eleitoral emitir uma nova ordem de apreensão. O veículo, que havia sido inicialmente flagrado e apreendido no dia 2 de outubro por divergências em notas fiscais, foi liberado após o pagamento de uma multa de R$ 38.255. No entanto, com novas suspeitas de compra de votos, o juiz Fabiano Gonçalves Marques, da 14ª Zona Eleitoral, determinou que o caminhão fosse novamente apreendido, mas a Polícia Militar não conseguiu localizá-lo.
A apreensão inicial ocorreu após uma denúncia anônima, onde o caminhão foi flagrado pela Polícia Militar na Avenida Pedro Ludovico, em Alvorada. O motorista, um homem de 66 anos, declarou ter sido contratado apenas para entregar as cestas no local e apresentou uma nota fiscal digital. No entanto, a versão impressa da nota não correspondia à apresentada no celular, o que levantou suspeitas.
Na ocasião, o prefeito de Alvorada, Paulo Antônio de Lima, compareceu ao local e alegou que as cestas básicas faziam parte de uma licitação pública e seriam destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade. A Secretaria da Fazenda (SEFAZ) havia liberado o caminhão após o pagamento da multa, afirmando que sua responsabilidade se limitava à fiscalização fiscal.
Na noite do dia 3 de outubro, a Justiça Eleitoral emitiu uma nova ordem de busca e apreensão, desta vez relacionada a uma possível tentativa de compra de votos às vésperas das eleições. A Polícia Militar foi acionada para acompanhar a ação, mas, ao chegar ao local indicado, não encontrou o caminhão nem a carga. Segundo a PM, o veículo desapareceu antes que as novas diligências pudessem ser executadas.
A denúncia de possível compra de votos com a distribuição de cestas básicas segue em investigação. O Ministério Público foi acionado para apurar o caso, enquanto a população aguarda mais esclarecimentos sobre o paradeiro do caminhão e das cestas.
Até o momento, o caso não foi registrado oficialmente pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e não houve resposta do Ministério Público quanto a possíveis implicações eleitorais envolvendo o ocorrido.